sexta-feira, 8 de outubro de 2010

DINHEIRO NO BOLSO

por Horacio Guigou


Nos últimos dias as lotéricas estavam repletas de sonhadores e possíveis milionários. O acúmulo do prêmio da Mega-Sena mobilizou todo o Brasil atrás de um único objetivo: ganhar R$ 115 milhões. A probabilidade de ganhar a bolada é remota, por isso, devemos ir por meios mais fáceis para integrar o seleto grupo dos ricos.

A receita “a la brasileira” para enriquecer começa pelo estudo. Não pense você que é aquele estudo padrão para se tornar alguém importante por mérito próprio. A dedicação da qual falo é a necessária para passar em um concurso público, de preferência para um cargo de importância dentro de um Senado ou algum Tribunal de Contas para o nordeste. Caso você alcance tal feito estará no caminho certo para a “felicidade”.

No Senado talvez você possa participar do seleto grupo de servidores que recebe horas extras durante o recesso no período de Janeiro. E o melhor é que o prejuízo é pequeno se comparado ao prêmio sorteado pela Caixa Econômica Federal, não chega nem aos R$ 7 milhões.

Se o seu interesse e ambição vão um pouco além de horas extras, concorra para o TCE do Amapá, mais especificamente. Foi lá que o presidente, autoridade maior da entidade fiscalizadora, conseguiu comprar uma Ferrari e um Maserati, além de um jato particular. Isso tudo com apenas alguns desvios de verbas e o parecer favorável de contas exorbitantes. Enfim, poderia citar aqui diversas maneiras de se enriquecer com um pouco de malandragem, mas prefiro não dar margem a novas idéias por parte dos mais atentos.

Escândalos com o Banrisul, agências de publicidade, entidades e figuras públicas lotam as páginas dos jornais. Sorte é do gaúcho de Fontoura Xavier que ganhou um caminhão de dinheiro limpo com a escolha de apenas 6 números. Dinheiro limpo? Será?

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